Friday, February 24, 2012

Cinco perguntas para Harald Grosskopf


Nascido na cidade de Hildesheim, Alemanha, no dia 23 de outubro de 1949, Harald Grosskopf é um dos músicos mais atuantes da sua geração. Harald participou mais de 95 discos de bandas e artistas importantíssimos nos anos 70, como Wallenstein, Cosmic Jokers, Ashra Tempel, Klaus Schulze e Walter Wegmüller, entre outros. Em 1980, Harald lançou seu clássico disco “Synthesist” (relançado recentemente em vinil pelo selo norte-americano Rvng Intl), além de atuar como baterista da cantora Lili Berlin, na primeira metade dos anos 80. Nos anos 90 e 2000 participou de dois projetos legais ao lado do também músico e produtor alemão Steve Baltes (Sunya Beat e N-tribe), além de dedicar-se à sua carreira solo. Harald tem 6 discos solo lançados, sendo o mais recente uma regravação do álbum de 1980, agora chamado “Synthesist 2010”.

Tive meu primeiro contato com o Harald Grosskopf pela internet, durante minhas pesquisas tanto sobre os pioneiros da música eletrônica quanto sobre a música feita na Alemanha nos anos 70, o chamado “krautrock”. Trocamos alguns emails e mensagens e quando o convidei para fazermos esta entrevista para o meu blog, ele foi muito atencioso e me respondeu prontamente! Aqui está tradução para português da entrevista (o texto original está neste outro post). As fotos que ilustram esta entrevista estão, originalmente, no website oficial do Harald e seu uso foi autorizado por ele.

ASTRONAUTA - Você é um dos músicos mais atuantes da Alemanha, principalmente nos anos 70, quando tocou com bandas como Wallenstein e Ashra Tempel/Ashra, no “projeto” Cosmic Jokers e também em vários discos de artistas como Klaus Schulze e Lili Berlin (já nos anos 80). Como você vê a extensão dos trabalhos realizados por você nesta época e existe algum disco que você tem como preferido de cada banda ou artista?

HARALD - Muito obrigado pelos cumprimentos! :D)

Quando juntei-me à banda Wallenstein, no início de 1971, foi a minha entrada no mundo profissional da música em todas suas variações encorajadoras e também frustrantes. No início, com o Wallenstein, criamos uma maneira bastante nova de tocar rock clássico, uma maneira complexa e original. Os problemas financeiros eram muito complicados, eramos muito pobres. Eu morava em apartamentos pequenos. Às vezes tinha ratos dividindo a sala de estar e alimentos comigo. Eu tinha que passar por isso para poder viver a minha vontade apaixonada de fazer música e eu sonhava com o sucesso e com as groupies.

O Wallenstein era influenciado pela música clássica e as estruturas das músicas eram relativamente complicadas. Nós ensaiavamos com muita frequência e disciplina, lançamos 4 álbuns em quatro anos.

Com o passar dos anos, porém, cada vez mais nossa música se encaminhava para o mainstream. Eu estava frustrado. Não só por causa da música mas também por causa do desligamento psicológico da banda. Não estou dizendo que não era minha culpa. Eu definitivamente tive a minha parte nessa história.

Naquele momento, em 1972, fui convidado pelos produtores da nossa gravadora, OHR MUSIK, para trabalhar como músico de estúdio, eles estavam agrupando os músicos do selo. Foi ai que encontrei pela primeira vez o Klaus Schulze, o Manuel Göttsching e o Hartmut Enke (da banda ASHRA TEMPEL), o Edgar Froese, o Christoph Franke e o Peter Baumann (do Tangerine Dream).

Klaus Schulze, o então baterista do ASHRA TEMPEL, estava prestes a deixar a banda para iniciar sua carreira solo. Seu primeiro álbum solo, "Irrlicht" era muito estranho. Não me tocou de maneira alguma. Era intelectual e abstrato. O ASHRA TEMPEL era bem mais interessante. Seu estilo estava mais ligado com o rock que eu estava acostumado também. Naqueles dias o Tangerine Dream, para mim, soava mais parecido com o Pink Floyd, sem as estruturas da música concreta. Todos esses músicos de Berlim eram muito respeitados e descontraídos do que os músicos do que eu estava acostumado a lidar. Eles elogiaram meu estilo de tocar bateria. Eu nunca tinha ouvido aqueles elogios antes, de qualquer membro do Wallenstein... Mas mesmo com toda a crítica que eu tenho em relação ao Wallenstein, aprendi muito durante esses quatro anos, nos anos 70, a começar pelas estruturas musicais e técnicas de gravação. Cinco anos depois que saí do Wallenstein, eles tiveram um grande sucesso na Alemanha mas, além do líder da banda - Jürgen Dollase - nenhum dos outros membros originais estavam envolvidos. Este sucesso foi também o fim da banda.

Durante as sessões de gravação para um álbum do nosso selo chamado "TAROT", comecei a me apaixonar pela música eletrônica e pelo jeito único de Manuel Göttsching tocar guitarra. Ele usava uma câmara de eco. Seu estilo era muito particular. Na minha visão, esse era “O” link com a música eletrônica. E a sonoridade e estilo de Hartmut Enke tocar o baixo também. Ele foi o primeiro baixista do mundo a utilizar um compressor para sustentar as notas e também uma câmara de eco. As coisas que ele produziu eram muito originais e tinham alguma coisa a ver com os sequencers que surgiram anos mais tarde. Hartmut Enke, infelizmente, faleceu em dezembro de 2005, depois de um triste destino em sua vida. Ele foi o Syd Barrett do ASHRA TEMPEL...

Após essas experiências, não consegui continuar no rock. Achava chato e antiquado. Ele não se encaixava nas minhas raízes culturais. Depois da segunda guerra mundial a juventude alemã, como consequência da Alemanha nazista de Hitler, afastou-se das próprias raízes culturais e começou a idolatrar a jovem cultura de música de entretenimento anglo-americana. Rock'n'roll, Blues, estas coisas.

Eu também amava os Beatles e, mais tarde, o Jimi Hendrix e o Pink Floyd. Mas crescer na Alemanha Ocidental pós-guerra, não tinha nada a ver com o ambiente social da Lousiana, nem do Tennessee, nem nos subúrbios de Londres e eu nunca tive a sensação de que eu era capaz de sentir o blues. A Alemanha, ja há um século, tem tradição de ser uma cultura de maior evolução tecnológica, disciplinada e enfática. Os alemães inventaram 90% de todas as inovações tecnológicas da terra, de carros, energia atômica e filmes 3D até foguetes espaciais, como você sabe.

Sem uma perspectiva de futuro, eu saí do Wallenstein no verão de 1974 e vendi minha bela bateria de acrílico transparente (veja as fotos no facebook). No lugar, eu comprei uma câmara de eco WEM Copycat, um amplificador de guitarra e um violão de 12 cordas. Eu estava fascinado por ecos. Os grooves repetitivos e monótino me fascinavam mais do que as estúpidas batidas 4/4 do rock’n’roll. Eu estava convencido de que a música que criávamos nas sessões de improviso em estúdio seria muito influente no futuro da música.

Verão 1974. O Popol Vuh, uma banda de Krautrock que também era contratada do selo OHR, estava procurando um baterista. Eu conheci Florian Fricke no mesmo estúdio onde gravamos com o Wallenstein. Então arrumei meu velho Volkswagen verde metálico e fui para Munique, pronto para me juntar aquela formação musical muito original. O Popohl Vuh produzia músicas para os filmes do lendário cineasta alemão Werner Herzog. No dia seguinte começamos a testar a possibilidade de uma colaboração entre a banda e eu. Florian Fricke era um gênio do piano. Ele tinha formação musical clássica e sua mãe era cantora de ópera. Daniel Fiechelscher, colega de Florian, era filho de um músico de jazz bem conhecido na Alemanha e era um grande guitarrista e também era um ótimo percussionista e baterista. Ele estava querendo se concentrar somente na guitarra, por esta razão eles estavam procurando um baterista. Daniel também tocou percussão com Amon Düül 2, outra lenda do Krautrock.

Infelizmente Daniel era viciado em heroína e pouco confiável. Mais de uma vez Florian teve de ir na loja de penhores e pagar para Daniel ter de volta sua valiosa guitarra Gibson, que ele havia deixado lá em troca de dinheiro para drogas. O Popol Vuh tinha uma maneira muito particular de gravar e tocar ao vivo. Era simplesmente um piano de cauda amplificado e Daniel, com o amplificador de guitarra com volume quase zerado. Eu estava acostumado a tocar música feita com volume muito alto, por muitos anos, e não foi capaz de lidar, sem perder o equilíbrio emocional, com aquele tipo de música feita com volume baixo. Então, infelizmente, eu não fui cumpri com as expectativas deles e fui embora de Munique no dia seguinte, terrívelmente frustrado porque eu gostava daquele estilo de música muito original. Em dezembro de 2001, o grande Florian faleceu, com apenas 55 anos de idade.

De volta ao lar, no meu pequeno apartamento de dois cômodos, eu continuei tocando o meu violão de 12 cordas, ligado na minha câmera de eco, até que um dia a campainha da porta tocou. MANUEL GÖTTSCHING, no caminho de volta para casa depois de um pequeno passeio na França, sorriu para mim. Ele irradiava simpatia, relaxamento e auto-confiança. Nós conversamos muito sobre música e compartilhávamos as mesmas idéias sobre como fazer música. No final ele me convidou, já que o ASHRA TEMPEL estava caindo aos pedaços, para juntar me à nova formação banda. HARTMUT ENKE, depois de algumas viagens ruins de LSD, passou a ter crises psicóticas e não era mais confiável para continuar na banda. Ele nunca voltou a ter um comportamento “normal”, até sua morte, em dezembro de 2005. O nome original da banda foi encurtado para apenas ASHRA. Um novo guitarrista, Lutz Ulbrich - um antigo amigo de Manuel - foi chamado. O publico francês nem conseguia pronunciar o primeiro nome de Lutz da maneira correta. Daí passamos a chama-lo de Lüül, com um sotaque francês. Uma semana antes de Manuel visitar-me eu tinha escrito uma carta para Klaus Schulze, que tinha acabado de lançar o seu novo álbum "Blackdance". Escrevi-lhe dizendo que eu estava espantado. Que mudança de "Irrlicht" para este novo disco! Ritmos e melodias fortes e apaixonados, com sons eletrônicos novos e incomuns. Sua resposta sobre a minha carta foi uma curta frase em um cartão postal: "Venha visitar-me!". Poucas semanas depois, eu fui para sua casa e nós gravamos "Moondawn", seu melhor álbum entre todos.

Em 1977 eu estava morando em Berlim há um ano. O ASHRA tinha gravado o disco "Correlation" e em novembro começamos uma longa turnê pela França e Suiça. Nós quase fomos presos ou mortos por policiais muito nervosos, na noite seguinte à nossa última apresentação em solo francês. Manchete: terroristas do German RAF haviam acabado de matar um magnata alemão na cidade francesa de Mulhouse - onde haviamos tocado no mesmo dia - e haviam encontrado seu cadáver em um porta-malas de um carro. Os policiais, em um carro atrás de nós, tinham visto o nosso Mercedes verde com placa alemã e nos pararam com bombas de fumaça e armas apontadas para nós. Nós cabíamos perfeitamente na sua descrição preconceituosa sobre a idade e imagem de terroristas alemães: cabelos compridos, carro rápido. Nem o fato de estarmos bêbados e chapados os interessava. Graças a deus, Lüül falava francês fluentemente e foi capaz de acalmar aqueles caras muito nervosos. Depois de verificarem nossos passaportes, nos deixaram ir embora.

ASTRONAUTA - Em 1980 você lançou o álbum “Synthesist”, um clássico recentemente relançado em vinil e com um CD bônus (com vários artistas em releituras das músicas originais). Como foram as sessões de gravação de Synthesist em 1980? Quais instrumentos e equipamentos você utilizou na gravação do album?

HARALD - Berlim, Alemanha, verão de 1979, eu tinha 29 anos e estava em uma encruzilhada pessoal e criativa. Minha namorada tinha me deixado e o ASHRA tinha dado uma pausa temporária. Eu sempre me considerei um grande parceiro rítmico para meus numerosos colaboradores, até que alguns amigos musicos me convenceram a partir para algo solo, com minha própria visão criativa. Munido de um gravador ITAM de 8 canais, parti para o interior da Alemanha Ocidental naquele outono e me isolei em um estúdio caseiro por quase dois meses para gravar “Synthesist”. Eu não tinha nenhum teclado nem estava acostumado a utilizar sintetizadores. Tudo que eu queria era fazer música. O uso de equipamentos eletrônicos aconteceu por acaso pois era a maneira mais fácil de obter todos os sons básicos necessários para criar música, do som de baixo aos sons das cordas e muito mais.

O pequeno estúdio era de propriedade do UDO HANTEN (da banda YOU) e ficava no seu apartamento. Udo foi o cara que mais me motivou começar minha carreira solo. Antes disso eu era conhecido apenas como músico acompanhante e eu não era tecladista.

Tudo o que eu utilizei durante as sessões de gravação foram o Mini-Moog e o sequencer de 16 steps ARP do Udo e um sintetizador duofônico KORG PS-3100 de algum outro amigo. Não existia MIDI naquela época então, como sincronizar e sequenciar tudo com um único sequencer? Um cara que lidava com eletrônica e morava na casa preparou um cabo com um componente eletrônico que, saíndo do gate-out do sequencer, disparava um impulso que poderia ser armazenado em um dos 8 canais disponíveis. Este mesmo cabo também produzia outro impulso que permitia controlar o timing do sequencer. Eu tinha que "formatar" uma pista após a outra antes de poder ter as seqüências diferentes nas músicas em sincronia.

Outro problema que era a afinação muito instável do MOOG. Todos os primeiros MINIMOOGS a serem fabricados vinham com este problema. A defasagem da afinação acontecia de forma bastante lenta, não dava para perceber logo na gravação da primeira pista do sequencer. Porém, após 3 ou 4 minutos de gravação do canal de sequencer, o problema ficava óbvio. Desafinação horrível! Eu coloquei uma lâmpada incandescente de 60 W bem perto da parte traseira do MOOG, para amenizar o problema. Eu tinha que repetir a gravação do sequencer várias vezes, até que os resultado fosse satisfatório. Na maioria das vezes eu gravei durante a noite, esvaziado centenas de xícaras de café. Foi o momento mais intenso e emocionante da minha vida, apenas eu e minha criatividade solitária. Poucas semanas depois, eu gravei as baterias e os solos no PANNE PAULSEN STUDIO, em Frankfurt, onde algumas das melhores obras da música eletrônica alemã foram produzidas. A mixagem final e a masterização também foram feitas lá.

ASTRONAUTA - Nos créditos de vários discos importantíssimos, principalmente dos anos 70, seu nome consta como baterista. Dai em 1980 você resolve gravar um disco totalmente voltado ao uso de sintetizadores. Como foi para você esta transição de um instrumento (bateria) para outro (sintetizadores) e o quanto o fato de você ser baterista influenciou seu modo de utilizar e tocar sintetizadores?

HARALD - A maioria dessas perguntas foram respondidas anteriormente. Até hoje eu não sou tecladista. Eu meio que toco bateria no teclado, com os dedos, e ouço os resultados. Se eu gosto do resultado, eu registro e faço um loop. Como baterista, minhas noções de tempo, groove e acentuações foram aprimoradas em muitos anos e talvez sejam especiais.

Demorou muito tempo para eu aceitar que era capaz de criar música com teclados e que estas músicas poderiam ser compartilhadas e apreciadas pelas outras pessoas. Não ser tecladista significa alguma limitação por um lado e não ter limites, por outro. O sequencer me permite executar idéias que eu não poderia realizar com as mãos. Eu sou capaz de consertar notas “erradas” no tempo e sincronizar corretamente, com a ajuda de softwares de música moderníssimos.

Devo explicar que eu nunca fui um fanático a ponto construir ou possuir montes de sintetizadores analógicos empilhados. Eu definitivamente gosto de sons analógicos sintetizados mas, nos dias de hoje, eu cada vez mais vejo os sintetizadores analógicos apenas como relíquias antiquadas do passado, que devem ser colocados em museus. Eles causam muitos danos ambientais. Muito material. Consumo de electricidade muito alto. O transporte deles necessita de muito espaço. Carros grandes são necessários. A poluição de gás carbônico é demais.

Eu prefiro notebooks e sintetizadores de plug-ins ao invés da idéia de produzir ondas de áudio com a ajuda de circuitos eletrônicos. Um ou dois plug-ins soam tão analógicos quanto as maquinas antigas. Agora eu viajo com menos peso para qualquer lugar do mundo. Tenho meu estúdio e meus instrumentos debaixo do braço… Perfeito! Meu kit de bateria eletrônica é mais leve do que qualquer kit “real” de bateria, mas ainda pesado o suficiente para eu ter problemas com excesso de bagagem em aviões. No Japão, quando tocamos com o ASHRA no festival Metamorphose - em 2008 - os organizadores alugaram um modelo idêntico ao meu, para eu usar. Tudo o que eu tive que levar foi um acessório com saída USB contendo minhas configurações do módulo da bateria eletrônica e um par de baquetas.

ASTRONAUTA - -Você ainda mantém alguns dos seus equipamentos, sintetizadores e baterias utilizados nas gravações que você fez? Quais destes ainda estão com você? Existe algum instrumento ou equipamento que você se arrepende de não estar mais com você?

HARALD - Não! Nenhum! Alguns anos atrás eu comprei um ARP Odysey e paguei muito barato. Todos os botões e controles deslizantes estavam com problemas. Eles tinham ruídos e o problema de afinação era imenso. Eu rapidamente o vendi com lucro…

ASTRONAUTA - Entre um lançamento solo seu e outro existe um periodo de tempo de, às vezes, 10 anos. Este tempo entre um disco e outro é necessário para você? Imagino que deva existir muito material inédito da sua carreira solo. Você tem planos de lançar discos até então inéditos ou mesmo relançar mais alguns de seus álbuns nos moldes deste relançamento de “Synthesist” (com músicas bônus inclusas, gravadas na época)?

HARALD - Um dos motivos foi que eu nunca gostei da idéia de me repetir. Eu precisava ficar um longo período sem ouvir minhas músicas. Depois que eu terminei “Synthesist” eu não voltei a ouvi-lo por quase 20 anos. Você pode imaginar quantas vezes eu tive que ouvi-lo durante o processo de gravação. A gravação é a alegria do músico. No palco, você tem que recria-lo cada vez que você toca novamente, se você não quiser se cansar logo. Por um tempo, no começo, eu simplesmente não fui capaz de dizer se “Synthetist” era bom ou ruim. Diferentes situações, sentimentos e frustrações estavam conectados com o periodo de gravação do disco. Agora, depois de todos estes anos, eu descobri a ingênuidade inocente e o frescor energético do disco. É como outra pessoa o tivesse criado.

Eu tive que refazer as músicas do disco “Synthetist” no ano passado, com a ajuda do meu software de música (Ableton Live 8), para poder executá-las ao vivo no palco. Um monte de trabalho e a sensação de que era impossível repetir 100 por cento aqueles momentos especiais e singulares de 1979. O público em Nova York, onde eu toquei “Synthetist” primeira vez em 31 anos, gostou muito. Então eu acho que eu não ficou muito longe do original...

Acabei de preparar a reeditação em vinil do meu segundo álbum, "Ocenheart" (1985), para o selo novaiorquino RVNG Intl. Existe material inédito desde os tempos anteriores ao disco “Synthetist” e eu gostaria de lançar isto, mais cedo ou mais tarde.

Com os melhores votos para o Brasil!

Harald Grosskopf / Fevereiro de 2012

Harald Grosskopf, Axel Manrico Heilhecker e Astronauta Pinguim
(São Paulo, 26 de julho de 2013)




Site oficial do Harald Grosskopf: www.haraldgrosskopf.de

No comments:

Post a Comment